sábado, 5 de novembro de 2011

Walter Benjamin e as obras de arte na modernidade

Olá!!!! Primeiramente, um bom fds!!!
Colocando aqui trechos do meu trabalho de Estética sobre Walter Benjamin, que, por sinal, ficou bem legal.

A OBRA DE ARTE NA ERA DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO 

Em todas as épocas a obra de arte foi suscetível a reprodução, o que uns faziam outros podiam copiar e refazer. Antes, os discípulos copiavam seus mestres com o intuito de exercitar, aprender, os mestres difundiam suas obras afim do reconhecimento e os falsários faziam as imitações com o objetivo de lucrar, extraindo o proveito material da obra de arte.
As técnicas de reprodução é algo novo, que ganhou ainda mais visibilidade e deu seu crescimento principal no final do século XIX, início do XX, quando as produções em série começaram a ser feitas, pensando, nesse momento (começo da modernidade), não só na burguesia e nos ricos, mas também no lucro em se vender para os trabalhadores, popularizando tudo o que, até indo, era produtos somente de uma determinada classe.
Na Grécia havia dois processos técnicos de reprodução: a fundição e a cunhagem. Na Idade Média viria a aduzir a litografia, isso no início do século XIX. A litografia trouxe consigo técnicas de reprodução que marcaram um processo decisivo, permitindo não só o processo de das reproduções em série, mas também a possibilidade de produzir obras novas (o desenho submetido a pedra calcária, diferente do talhamento na madeira). Esse processo foi importante para a imprensa, tornou-se colaborador íntimo. Até que chega, algumas dezenas de anos depois a fotografia.
Com a fotografia reprodução das imagens pôde se concretizar num ritmo tão acelerado que, eu diria, roubou até um pouco do espaço das palavras, dos textos. Enquanto a litografia abria perspectivas para o jornal ilustrado; a fotografia continha traços e indícios do cinema falado.
Com a chegada do século XX, as técnicas de reprodução atingiram tal nível que elas próprias se impunham (e “incorporaram”) como se fossem formas originais da arte, e não reproduções das artes em si.
Até a mais perfeita reprodução vai faltar algo: a unidade de sua presença no próprio local onde se encontra. Ou seja, registra-se o momento, mas o que ocorre de fato, as sensações, emoções, sentimentos nem sempre são reproduzidos, por isso, talvez, falte esse “algo a mais”.
O hic et nunc do original é autêntico. O que é feito pela mão do ser humano é uma falsificação, o original mantém a autoridade, a autenticidade, é aquilo que está acontecendo ali, no momento. Mas com a reprodução técnica é diferente, por vezes é mais independente do que venha a ser o original. Ou também a técnica pode levara reprodução de situações onde o original não seria encontrado. E há um certo descaso com o original, aquilo que dá vida e, muitas vezes faz sentido a obra.
Na época das técnicas de reprodução, o que é atingido pela obriga de arte é a sua significação, a sua aura. Onde a multiplicação das cópias torna-se um evento produzido apenas para suprir o fenômeno das massas. O que remete o povo ter acesso e conhecimento a um mundo elitista onde somente pouquíssimos tinham acesso.
O agente mais eficaz nos movimentos de massa é o cinema, com muito público em todo o mundo. Benjamin, e outros pensadores e filósofos, considera o cinema catártico, mas eficaz.
A obra é única, e o que a torna assim é a sua aura, o sentido que ela carrega. No começo as obras eram cultuadas para que exprimissem as incorporações num conjunto de tradições. Quando surgiu a primeira técnica de reprodução verdadeiramente revolucionária, a fotografia (contemporânea dos primórdios do socialismo), os artistas ficaram receosos, houve uma teologia da arte. Achavam que a arte acabaria, mas não foi bem assim, pelo contrário.
Para estudarmos as obras de arte nas épocas das técnicas de reprodutibilidade, é preciso levar em conta uma série de coisas, como: a emancipação da obra de arte com relação à existência estática por causa de seu papel ritualístico, religioso.  A produção artística inicia-se mediante a imagens que servem ao culto. Com a fotografia, o valor de exibição começa a empurrar o valor do culto para um segundo plano. O clichê aparece em primeiro. Isso pode-se notar em qualquer lugar, ou melhor, fotografia, segue-se um parâmetro, e parece haver mais liberdade em um quadro, uma obra, muitas vezes do que em uma fotografia, o clichê atrapalha algo que podia-se ir além.
Nasce no século XX uma nova forma de arte, o cinema. Enquanto questionavam se fotografia era ou não arte, o cinema cresce trazendo outras indagações. A nova arte gerou um desconforto, pois, possuía uma enorme capacidade de persuasão, e era algo totalmente técnico e mecanizado, ou contrário do teatro. O ator no cinema necessita de mediação de todo um mecanismo.
No cinema, é menos importante o intérprete apresentar ao público uma outra personagem do que apresentar-se a si próprio. Pirandello foi o primeiro a sentir essa modificação que se impõe ao artista; a experiência do teste. Para ele os atores de cinema sentem-se como se estivessem exilados, dá cena e deles mesmos. O artista, decorrente da obra prima do cinema, deve agir com uma personalidade viva, mas privado da aura. Por exemplo, no teatro de Macbeth é inseparável a aura do ator, essa presença. Então, no cinema essa aura desapareceria gradativamente mediante aos mecanismos.
A medida em que restringe o papel da aura, o cinema constrói artificialmente, fora do estúdio, a “personalidade do ator”; o culto ao astro, que favorece ao capitalismo dos produtores e cuja magia é garantida pela personalidade construída como mercadoria. É o capitalismo que conduz o jogo.
O público do cinema não separa a crítica da fruição, critica-se a contragosto. E a construção em cima da pessoa e não do artista, a mercadoria que o profissional se torna, fomenta essa indústria cinematográfica capitalista. Então, muitas vezes, você vai ver um filme porque ta lá na telona o Brad Pitt ou o Tom Cruise, você vai pelo artista, quase nunca se vai pela obra a ser mostrada, ou roteiro, ou porque tem uma boa trilha sonora.
A massa é a matriz de onde emana, no momento atual, todo um conjunto de atitudes novas com relação à arte. A quantidade virou sinônimo de qualidade. Porém não deve se discriminar o público do cinema, pois ele também é um examinador, mas é um examinador que se distrai.
MODERNIDADE, HIPERESTÍMULO E O INÍCIO DO SENSACIONALISMO POPULAR
O termo modernidade remete a muitas idéias. Com um conceito moral e político, a modernidade sugere o “desamparo ideológico” de um mundo pós-feudal e sagrado, no qual todas as normas, valores, costumes eram sujeitos a questionamentos.  Como um conceito cognitivo, a modernidade aponta para o surgimento da racionalidade instrumental como a moldura intelectual por meio da qual o mundo é visto. Como um conceito socioeconômico, a modernidade designa uma gama de qualidades e mudanças tecnológicas e sociais, entre elas: industrialização, urbanização e crescimento populacional de forma muita rápida; proliferação de novas tecnologias e meios de transporte; saturação do capitalismo; explosão de uma cultura de massa voltada para o consumismo, etc.
Para Benjamim e outros filósofos, a modernidade também tem que ser entendida como um registro da experiência subjetiva caracterizada pelas percepções do ambiente urbano moderno, que era caótico, rápido, fragmentado, desorientador, em meio à turbulência sem precedentes do tráfego, barulho, painéis, sinais de trânsito, multidões, vitrines, e etc. O ritmo de vida tornou-se muito mais agitado, o que levou a crer que a modernidade foi um bombardeio de estímulos; transformando psicologicamente e fisicamente as pessoas que viviam nessas metrópoles.
Como tudo era novo, acidentes de trabalho, assaltos, atropelamentos, suicídios e homicídios tornaram-se algo costumeiro. Cartunistas do começo do século XX retratavam essas situações caóticas do comecinho da nossa modernidade. Mas não era só isso, o sensacionalismo estava ali, presente, cartazes e mais cartazes espalhavam pelas cidades as novidades do mundo moderno, eram peças, notícias, informativos, que se misturavam no corre-corre.
Mas ainda estava presente ali, aquele embate, aquela passagem do velho para o novo, o pré-modernismo para o modernismo de fato. E aí vem o sensacionalismo, mostrar para o povo as desgraças do povo nessa nova era. Por exemplo: “fulano se jogou do prédio, no outro dia, cedo no jornal ele vai estar na capa, estraçalhado, para todos verem. Isso é o sensacionalismo. Vamos aproveitar, que vende, deviam pensar. E não estavam errados. Aproveitavam o fato da morte não natural ser novidade, e as atrocidades, mutilações, davam medo, era novo, então atraia público.
O cinema, para Benjamin, forneceria um treinamento em lidar com estímulos do mundo moderno. Pois o ritmo é frenético, nossa fuga é a arte e o sensacionalismo parece querer nos mostrar a todo custo tamanho desequilíbrio social moderno.  

sexta-feira, 22 de julho de 2011

52º Congresso Nacional da UNE

No dia 12 de julho, às 22h partimos de Vitória (mais especificamente do IFES) rumo à Goiânia-GO, para o 52º Congresso Nacional da UNE.

A viagem foi muito boa, a galera estava animada e logo se enturmou, mas ao passar das horas o cansaço chegou... Com força. 24 horas de viagem, e mais um pouquinho, é foda. Você já não aguenta mais ver mato, e passando Minas o cenário muda, é seco, seco, seco, bem estranho o cerrado, é uma vegetação que não havia visto ainda. Mas logo se acostuma, uma vez que você tem que ver a mesma vegetação por mais de 15 horas. E não tem um riozinho, nem uma aguinha pra contar história. Ah... lógico, passamos pelo rio São Francisco num cenário lindíssimo, o mais bonito da viagem. No final da tarde assistimos a um belo por do sol, já no estado de Goiás. Aí o ar seco já estava castigando, a diferença é brutal, o clima é sequíssimo, quem tá acostumado com litoral sofre.

Enfim, chegamos em Goiânia, e aí lá vai mais 4 horas esperando pra ir pro alojamento. Nossa, 27 horas de viagem + 4 horas de espera = mal humor pra cacete. Isso por volta das 3 da manhã, ainda iríamos montar as barracas, tomar banho, para acordar às 7 horas. Nesse primeiro dia levantei brincando, lógico, óbvio, certamente porque iria ver o Lula... Ohhh... Chorei demais, nossa, indescritível o tamanho da minha emoção, nunca me vi assim. Eu tava vendo o Cara, pertinho, no mesmo salão... Inimaginável. Foi lindo.

Depois disso, de tanto chorar e ver o Lula, fomos almoçar, fiz amizade com uma galera gente boa, e depois partiu para a passeata, num calor dos infernos, mas tava massa. Aquela galera toda reunida ali, gritando, cantando, foi lindo de se ver.

No fim da tarde só queria a minha barraquinha, e como foi bom tomar um banho e ir dormir um pouco. Acordei lá pelas 23 horas, pra ir pros rock. E foi muito foda, isso eu digo de todas as noites. Dancei, cantei, pulei, fiz amigos, conheci gente do Brasil todo, e da África também. Valeu as noites de Goiânia (me lembrei das festas de Cachoeiro que curtia com a galera na adolescência).
E gente, os capixabas deram um show.

A maioria dormia às 4 horas, 5 horas, para acordar às 7. Isso que é garra. No segundo dia, nem lembro mais... Ah tá, começaram os debates, palestras, plenárias, etc. A galera de todos os estados se reuniu na praça, e de lá foram para os lugares nos quais os temas mais lhe interessavam. No dia seguinte foi a mesma coisa: debates, palestras, marchas, etc. A tarde fui ao shopping Flamboyant com Juliana e Patrickson, comi um Burguer King (huuumm..), e nossa, rimos demais, e, como diz nossos amigos gaúchos, foi trilegal. A noite fomos curtir, o rock tava bom, tava pesado. O bom era que a galera sempre se encontrava, se reunia, fizemos a festa na noite.

Porém, sábado acordei mal, com uma alergia tensa, igual a de hoje (que tá foda), e não pude sair de dia, fiquei na barraca dormindo, de tarde comprei um hambúrguer, experimentei a deliciosa maionese temperada com pimenta, e eu amo pimenta, muito mesmo, então imaginem como gostei da coisa.

De noite o pessoal chegou da votação que foi no Serra Dourada, e dá-lhe o último e super animado rock que tivemos por lá, nessa última noite fiquei acordada até às 6:53... hauahauahuaha... Dormi até às 8:00. Fomos pra votação no Serra, nem posso esquecer de dizer que me filiei a UJS ( lol ) ficamos por lá até às 18 horas, a festa da bonita, mas o cansaço tava forte e latente. O almoço saiu lá pelas 16 horas, o calor estava demais. Mais ou menos às 18:30 começamos a longa viagem de volta pro ES.

Cheguei desidratada, com pulso aberto, muito magra, cansada, suja, com vontade de ir ao banheiro (nº 1 e 2), mas cheguei feliz, muito feliz.

Valeu Goiânia! Valeu UNE! Valeu UJS! Eu aprendi, cresci e  me diverti demais!
XD


















Dinda te ensina a montar uma deliciosa torta salgada

 Olá, blog! Dia 1º foi aniversário do meu marido Gabriel (Parabéns, amor!). Ele pediu uma torta salgada, Dinda fez e ficou maravilhosa. Foi ...