terça-feira, 2 de março de 2021

Ressucitando...

Olá, tudo certo? 

Estava aqui em casa, pensando outro dia, no quanto eu não queria parar nunca de estudar, ir sempre me renovando para obter a leitura correta sobre tudo o que me cerca. Procurando respostas lógicas para entender minha vida. Torcia para me tornar uma pessoa cada vez melhor, digo isso através da leitura, da educação, do conhecimento. Nunca fui a pessoa mais inteligente do mundo, mas me esforçava. Eu só não imaginei que iria me deparar, já na vida adulta, com uma versão de mim tão muito sombria e tenebrosa, mergulhada na loucura, perdida nas minhas dúvidas, medos, frustrações. 

Era isso: Eu estava morrendo de medo do mundo aqui fora! E com medo, me fechei no 'meu' mundo, um mundo tão frio, tão cruel. Só queria deixar de existir, para que a dor pudesse cessar. Estava com tanto ódio que quase morri do meu veneno. E foram quase 10 anos dessa loucura, quase me matei. Feri pessoas, fui o pior de mim. E o mais complicado de tudo, é que eu não estava entendendo nada, absolutamente nada sobre como lidar comigo, meu íntimo, meu eu. Simplesmente, eu não conseguia ler o jogo. Logo eu, tão observadora e cautelosa outrora. Mas isso não bastou. Se o mundo foi cruel comigo, eu consegui ser dez vezes mais. Essa era a minha retribuição. Era assim que eu me martirizava. A dor pela dor. 

Para cicatrizar as feridas, precisei olhar pra dentro e me limpar; analisar tim-tim por tim-tim; deixar a ferida secar. De tantas experiências ruins nesses últimos anos e a necessidade do isolamento forçado (anos antes da pandemia), distanciamento da miliância e política - que estavam me consumindo muito, de forma bastante negativa -, praticar uma atividade física, a leitura e uma reeducação alimentar, me fizeram me centrar, me olhar, me entender, e ter a consciência que precisava sair do buraco que eu me meti. Esse era o elixir, essa era a resposta. Que só veio depois do trinta, e como se fosse mágica. Estava na hora de começar a entender esse jogo. Até porque eu precisava jogar um pouco também, né?!

Digo: Fui no fundo do poço, dei um "oi" para Samara e, um tempo depois, eu voltei. Senti frio, medo, solidão. Após tanto tempo que passei querendo morrer, olhar para mim e ver beleza e esperança é algo novo. Estou reestabelecendo a ordem das coisas, dando mais valor a mim mesma e a minha vida, me ajuda a cuidar não só de mim, como dos meus próximos. Me dar a coragem para retomar o contato com quem não tinha mais, com quem eu sei que, mesmo após tanto tempo, ainda sente carinho por mim. E o sentimento é recíproco.

Acho que hoje, estou com sede de vitória. Recomeçando, ressucitando, dando os passos corretos em direção a melhor versão de mim. Sim, e eu tenho todo um caminho pela frente. Me aguardem!




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