De nada adianta só tropeçar, de nada adianta só chorar,
Se não for pra aprender a rota e recomeçar o caminho que,
Por algum motivo, houve a necessidade de parar.
Parar o caminhar, atrasar;
Ah, atrasar...
Logo eu que odeio tanto atraso,
Gosto tanto de me atrasar.
Fiquei pelo caminho tantas vezes perdida,
Só olhando a paisagem da janela embaçada,
Totalmente, inerte, parada.
Nenhum sorriso, nenhuma lágrima,
Catatônica e estagnada.
A cada passo a perna pesava,
Muito, muito mais que 1 tonelada.
Mas por trás de todo espinho,
Eis que ousa nascer flor,
Para embelezar o caminho monocromático,
Com cores: rosa maravilha, verde esperança.
Mostrando que a vida, em seu esplendor,
É filha da natureza, que nos ensina a seguir mesmo com dor,
Onde cada gota de sangue derramado no chão é uma lição.
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